
Pouca ciência afasta de Deus. Muita, a ele reconduz.
(Louis Pasteur)
Indagado por Napoleão sobre o papel reservado a Deus em seu modo de entender o Universo, o astrônomo, físico e matemático Pierre Simon Laplace teria respondido: "Não necessito dessa hipótese."
Em 1970, Jacques Monod, prêmio Nobel de biologia, reafirmava a separação radical entre Deus e a ciência: "Finalmente, o homem sabe que está sozinho na imensidão indiferente do Universo, no qual emergiu por acaso."
(...)
Por que existe alguma coisa ao invés de nada?
O que é realidade?... O real é uma idéia pura; portanto, não tem, no sentido estrito, qualquer substrato material: só podemos ter como garantida a existência de nossos pensamentos e de nossas percepções.
Segundo o filósofo Jean Guitton, Deus não é da ordem da demonstração, mas um ponto de apoio científico às concepções propostas pela religião.
Tudo o que conhecemos encontra sua origem num oceano infinito de energia que tem a aparência do nada.
O universo é um vasto pensamento. Em cada partícula, átomo, célula, vive e atue, incógnita, uma onipresença.
... Portanto, o que chamamos de realidade não é outra coisa senão uma sucessão de descontinuidades, flutuações, contrastes e acidentes de terreno que, em seu conjunto, constituem uma rede de informações.
No fundo, nada do que podemos perceber é verdadeiramente "real", no sentido que damos habitualmente a esta palavra. De certa maneira, estamos mergulhados no âmago de uma ilusão, que estende à nossa volta um cortejo de aparências e engodos que identificamos com a realidade...
Deus é pensamento (in)cognoscível(?) ... E inatingível aos nossos sentidos...
Sugestões de leitura: Deus e a Ciência, Jean Guitton e os irmãos Bogdanov;
A Mitologia do Kaos, Jorge Mautner
Messias Macedo.
Um comentário:
Ateu graças a Deus é uma frase do realizador espanhol Luís Buñuel.
VA
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