sexta-feira, 30 de maio de 2008
quinta-feira, 29 de maio de 2008
De volta a 1968
A revista dominical do Correio Braziliense fez neste domingo matéria especial sobre o 1968, o ano que não acaba nunca... de encher o nosso saco! Ah, sim, crianças: a minha paciência com isso é bem pequenininha. Até porque só pode se encantar com a essência daquele movimento — que ganhou forma mais aparentemente universal na França — quem não leu as Memórias, de Raymond Aron. Em trechos contundentes, ele narra a estupidez obscurantista daqueles “jovens revolucionários”. O salto tecnológico a que o mundo assistiu nos últimos 40 anos — especialmente do fim dos anos 70 para cá — têm relação direta com o espírito anti-68. Vale dizer: foi fruto da revolução econômica que os caudatários daquele libertarismo chamam de “neoliberal”. Ronald Reagan foi muito mais importante para a humanidade — e para a causa da liberdade — do que Jean-Paul Sartre e sua cara “de terreno baldio” (segundo o próprio em suas memórias precoces). Mas vá tentar dizer isso...
Adiante. Um dos entrevistados na reportagem especial foi Franklin Martins, ex-militante do MR-8 e um dos seqüestradores do embaixador americano Charles Burke Elbrick, trocado, em 1969, por 13 presos políticos. Num dado momento, afirma o agora ministro da Comunicação Social: “É melhor ser herdeiro de 68 do que de 64. Ter uma ditadura é muito pior do que ser herdeiro de um movimento que atingiu ou não resultados. O erro é querer reduzir 1968 a uma coisa só.”
Concordo ou desanco? Desanco, mas concordo com uma parte: “O erro é querer reduzir 1968 a uma coisa só”. Isso é verdade. Havia certamente aqueles que queriam o fim da ditadura e a democracia. Não é o caso de Franklin Martins. Membro do MR-8, grupo que aderiu ao terrorismo, ele estava entre aqueles — a exemplo de Dilma Rousseff e Carlos Minc — que lutavam para instituir uma ditadura no Brasil. Repito aqui o que escrevi no dia 29 de agosto do ano passado: “A democracia no Brasil não morreu em 1964 porque a direita deu um golpe. Morreu porque não havia quem a defendesse, de lado nenhum. Um governante responsável não teria promovido, ele próprio, a subversão, como fez João Goulart, incentivado pelos nacionalistas bocós e pelos bolcheviques tupiniquis, que imaginavam que ele pudesse ser o seu Kerensky. Não podia. Era ainda mais idiota.”
A fala de Franklin Martins remete à velha mitologia de que “a turma de 1968”, inclsuive os que recorreram ao terrorismo, queriam um país democrático, daí ele considerar que é “melhor ser herdeiro de 68 do que de 64”. Depende! Membro que era do MR-8, Franklin, então, era um stalinista. Digamos que os “herdeiros de 64” carregassem 424 mortos nas costas. Os de 68 levam os 35 milhões de Stálin. Mas essa é uma conta macabra, né? Franklin poderia se orgulhar, então, de, em 1968, ter sido um democrata, enquanto o pessoal que fez 1964 optou pela ditadura. Foi?
Faz mais de um ano, instituí aqui um prêmio para quem localizasse um texto, um que fosse, dos grandes teóricos de esquerda ou das organizações esquerdistas brasileiras pré e pós-68 que defendesse a democracia. É evidente que nunca ninguém apresentou coisa nenhuma. E nem vai. Quem chegou mais perto, só no fim dos anos 70, foi o gramsciano Carlos Nelson Coutinho, segundo quem a democracia era uma questão fundamental para a construção do... socialismo!!! “Socialismo com democracia” é coisa mais complicada do que a quadratura do círculo. Será que apenas o Brasil operaria esse milagre? É... Só a gente teve Pelé...
Essa questão tem alguma relevância hoje em dia? Tem, sim. Segundo matéria há tempos publicada pelo Estadão e jamais desmentida, no marco zero do dossiê, está uma reunião da qual participaram os ex-“meiaoito” Franklin e Dilma Rousseff. Assim como eles acharam, no passado, que a conjuntura e a ideologia justificavam ações terroristas, acham, no presente, que sua suposta superioridade moral os autoriza a adotar procedimentos que enxovalham o estado de direito. Afinal, eles têm uma causa, não é?
E foi o mito da “resistência” que levou Dilma, em cujo gabinete se fez um dossiê que desmoraliza a democracia, a fazer o famoso discurso no Senado em resposta ao senador Agripino Maia. Afinal, esse pessoal acha preferível ser herdeiro intelectual de uma ditadura que matou muitos milhões a ser herdeiro de um outra que matou poucas centenas.
Para uma pessoa de caráter, basta uma única morte para que soem os sinos.
(Reinaldo Azevedo - 26/05/08)
Thales Azevedo.
sexta-feira, 23 de maio de 2008
"E a culpa é do Lul...Não, não, esquece, não foi desta vez...Droga!"
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Estupidez Mil
PF prepara operação contra sites de legendas
"A polícia Federal prepara uma blitz contra os sites de legenda do Brasil. São paginas nas quais é possível obter legendas feitas por fãs que traduzem o conteúdo, de filmes e séries baixados na internet. Mesmo que não sejam responsáveis pelas cópias dos vídeos, os donos dos sites podem responder pelo crime de produção de conteúdo pirata, pois textos também são protegidos pelas leis de direitos autorais.
A polícia está fazendo um levantamento e já mapeou 19 dessas paginas. Os números de apreensão de filme piratas no Brasil crescem em abril 2,8%. Foram 646.061 DVDS confiscados, contra 628.447 em março. O item mais apreendido, no entanto, foram os DVDs virgens: mais de 1,4 milhão. As operações tiveram como alvo principal os camelôs." - Folha de São Paulo, 19 de Maio de 2008.
PS.: O artigo 29 da Lei de direito autoral é de fevereiro de 1998, uma época em que sequer existiam downloads ou mesmo produção de legendas.
domingo, 18 de maio de 2008
Torturador na via pública
Luiz Maklouf Carvalho, retirado do site da Revista Piauí.
Alexandre Rios.
sábado, 17 de maio de 2008
Blade Runner

quarta-feira, 14 de maio de 2008
Politicômetro
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Agripino Maia, Dilma Rousseff e a audiência
[...] a oposição patina numa incompetência monumental desde 2003, pouca novidade. Se não conseguiram pegar o governo com 1) dólares na cueca, 2) aloprados, 3) mensalão, 4) renangate, 5) severinogate, 6) lobby correndo solto, 7) publicitário admitindo pagamento ilegal, 8) quebra de sigilo de caseiro, 9) dona Corner e suas meninas, 10) land rover companheira, 11) dancinha da pizza no plenário, 12) top top palaciano, 13) Abin indicando araponga em troca de propina etc. está NA CARA que aí tem.
E assim, sem resposta alguma sobre dossiê - um dos responsáveis pelo vazamento, José Aparecido Nunes Pires, aliado de José Dirceu, já foi identificado pela Polícia Federal, ou seja, a ministra, comprovadamente, mentiu ao negar a existência do mesmo; sem esclarecimento algum sobre as suspeitas finalidades do PAC, Dilma Rousseff foi um sucesso.
Thales Azevedo.
quarta-feira, 7 de maio de 2008
Zeitgeist - The Movie
Zeitgeist é um documentário produzido em 2007 e apresenta três enfoques, por incrível que pareça, inter-relacionados: Cristianismo, 11 de Setembro e Reserva Federal dos EUA.
“Isso é um problema. É o não confiar propriamente no "Agora", que aquilo que vivemos agora possui muitas coisas poderosas. É tão poderoso que nós somos incapazes de enfrentá-lo. Conseqüentemente, temos que emprestar do passado e convidar o futuro a todo o momento. E talvez seja por isso que procuramos a religião.” – Chogyam Trungpa
A frase citada anteriormente mostra uma concepção geral defendida no filme. O homem está enfrentando diversas crises a nível global, seja ela política ou social, cuja resolução encontra-se nas atitudes do “Agora”. As diversas críticas pelo documentário baseiam-se na importância da mudança de concepções do humano Hoje. O documentário quer alertar ao telespectador as diversas formas de dominação (Religião, Mídia, Guerras, Mentiras e Corrupção) sobre uma comunidade global e como nos tornamos meramente bonecos em diversas jogadas inteligentes de mercenários, “papas” e de uma espécie em abundância no Brasil: “José Dirceu”. Jogadas responsáveis por milhares de vidas inocentes, que concentram atenções em figuras estupidamente idolatradas e que geram esse sentimento de medo do próximo na sociedade
Na primeira parte mostra-se a origem copista do cristianismo. São comparações e análises muito interessantes, como a justificativa do 25 de dezembro, a origem dos símbolos cristãos, o plágio dos cristãos a cultura egípcia, o questionamento sobre a existência de Jesus Cristo, a “importância” da religião sobre o estado, etc. Essa parte do documentário é importante para a desconstrução da concepção moralista impregnada numa sociedade basicamente cristã, como a brasileira. A religião é um martírio para o crescimento econômico e político de um país - temos o exemplo das pesquisas com células-tronco - pelo fato de apresentar conceitos arcaicos definidos por milênios, fruto de uma sociedade ultrapassada tecnológica e socialmente (lembremos da Religião defendendo a escravidão e o patriarcalismo). Não bastasse o Estado, a Religião mantém muitos aristocráticos no poder através de arrecadações para um “Ser Divino”.
Explicação da Transição de Era e o "surgimento" de Seres Divinos“Ao menos 12 países alertaram a inteligência americana sobre o eminente ataque”
E, assim, entramos na parte mais irônica do Zeitgeist, já que esculachar Bush e seu governo é sempre bom. Apesar de o assunto ser batido, 11/9 ainda traz diversas provas sobre conspiração descarada produzida pelos EUA para ostentar uma guerra em nome de uma dita invasão terrorista. Dentre as novas provas não vistas - por mim - estão a incursão de bombas nas bases das torres, justificativa da negligência do controle aéreo americano e informações verdadeiras sobre os “terroristas” acusados pelo governo americano. Além disso, demonstra justificativas para o atentado em Londres no mesmo ano.
“Existe algo por trás do trono maior que o próprio rei” - William Pitt
“O mundo é comandado por diferentes personagens que são imaginados por aqueler que estão por trás dos bastidores” - Benjamim Dislaeli
Na terceira parte (a melhor) explica-se conceitos econômicos básicos, principalmente, com foco no funcionamento do Banco Central e a Reserva Federal dos EUA , relacionando-os com fatos históricos, como guerras (inclusive a contra o “Terror”), crises e golpes políticos. Com diversos argumentos ele demonstra a desfragmentarão do poder público estatal à medida que o próprio Estado fica encurralado por instituições bancárias Privadas. Uma breve justificativa: para cada cédula produzida atribui-se um imposto sobre a mesma, que o governo tem de pagar com as próprias cédulas dos bancos privados. A economia entra num ciclo vicioso de submissão e fica sujeita à inflação e acúmulo sucessivo de dívidas. Sem contar a concentração de capital especulativo na mão de, literalmente, donos das economias.
"Dá-me o controle do fornecimento de dinheiro de uma nação, e não me importarei mais com Leis." - M.A. Rothschild, Fundador da dinastia bancária Rothschild.
Apesar de ter um conteúdo denso e competente, o documentário é apelativo. Utiliza imagens sensacionalistas, com intenso sofrimento humano, e músicas impactantes. Obviamente, isso pode ser filtrado pelo telespectador – nada que prejudique tanto a qualidade do filme. Outro aspecto interessante é a utilização de ironia ao longo das críticas e muita utilização de falas das épocas relacionadas.
Enfim, um documentário necessário de atenção e respeito pela grande mídia, afinal encontrei-o pelo youtube e baixei-o de graça pelo Site Oficial. A única contra-indicação é cautela com as imagens apelativas.
terça-feira, 6 de maio de 2008
quinta-feira, 1 de maio de 2008
1968 - Um ano de revoluções

Em Maio de 68, a partir de manifestações estudantis ocorridas nas universidades francesas de Nanterre e Sorbonne, irromperam sucessivos movimentos de protestos em diversas universidades de países da Europa e das Américas, que ganharam uma dimensão ainda maior com a ampliação das revoltas para a classe trabalhadora.
Entretanto, o mês histórico não pode ser compreendido sem levar em conta os fatos que eclodiram no mundo nos anos 60, uma década de mudanças na história do ocidente.
Claude-Jean Bertrand, professor do instituto francês de imprensa, escreve no artigo "Um novo nascimento na França" que em seu país, como em outros do mundo, o ano de 1968 marcou o "início do fim" do mundo pós-guerra.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os Estados Unidos emergiram como potência mundial e, ajudando na reconstrução da devastada Europa, passaram a difundir as novidades e os valores da nova sociedade que surgia.
Após a próspera década de 1950, a partir de protestos estudantis, mudanças políticas e comportamentais, o Ocidente entra nos anos 60 em um momento de "aceleração da história".

As rebeliões dos anos 60, embora pareçam um conjunto se olhadas em perspectiva, tiveram motivações diversas nos diversos países em que se manifestaram.
Na França, protestos eclodiram nas universidades em Maio de 68 contra a rigidez do sistema educacional. Na verdade, estes foram parte de uma expressão mais ampla de contracultura dos anos 60, que contestou valores morais julgados "incompatíveis" com os novos tempos.Entre os símbolos das transformações tecnológicas, sociais e comportamentais na França estavam o automóvel --pessoas eram atropeladas nas ruas por não conseguirem calcular a velocidade dos carros--; a minissaia e a calça jeans --que representavam a emancipação feminina e a modernidade; a valorização das crianças --que até então "não existiam", pois não havia a compreensão da infância, e elas eram tratadas como "adultos em miniatura".
Nas artes, o cinema da nouvelle vague de François Truffaut e Jean-Luc Godard buscava expressar na tela as transformações, em filmes como "Acossado" e "Os Incompreendidos".
Brasil
No Brasil, que também viveu grandes transformações nas artes -- com o Cinema Novo, a Tropicália, e peças de teatro como "Roda Viva" e "O Rei da Vela"-- as rebeliões da década de 60 foram mais ligadas a questões políticas, em virtude do golpe militar (1964-1989).
O auge das rebeliões ocorreu com a Passeata dos Cem Mil, no Rio de Janeiro, em 26 de junho, quando foi realizado o mais importante protesto contra a ditadura militar até então.
A manifestação, iniciada a partir de um ato político na Cinelândia, pretendia cobrar uma atitude do governo frente aos problemas estudantis e, ao mesmo tempo, refletia o descontentamento crescente com o governo militar. Dela, participaram também intelectuais, artistas, padres e um grande número de mães.
Nos Estados Unidos, movimentos civis de minorias --negros e mulheres-- eclodiram ao mesmo tempo em que John F. Kennedy (1961-1963) assumia a Presidência com um discurso considerado bastante progressista.
Os fatos mais marcantes em 1968 nos EUA foram o assassinado, em 4 de abril, do líder negro Martin Luther King, e o protesto de cerca de 60 mil manifestantes no Central Park, em Nova York, exigindo o fim da guerra do Vietnã, em 28 de abril.
Europa
As manifestações também foram intensas em outros países da Europa Ocidental, e também no Leste Europeu. Na Espanha, Alemanha Ocidental e Bélgica, universidades foram ocupadas e estudantes entraram em confronto com a polícia.
Em 1º de março, na Itália, cerca de 3.000 estudantes tomam a sede em Milão do jornal "Corriere della Serra" e em 5 de dezembro cerca de 1 milhão de trabalhadores entram em greve. No Reino Unido, 3 milhões de trabalhadores entram em greve em 15 de março.

Na Polônia, em 8 de março, estudantes protestam contra o regime socialista. Três dias depois a universidade de Varsóvia foi fechada.

No México, confrontos em universidades e nas ruas da cidade do México deixam 38 mortos. O governo, que se organizava para receber os Jogos Olímpicos em 12 de outubro, ordenou que as autoridades disparassem contra os manifestantes na praça das Três Culturas (Tlatelolco), matando cerca de 200 a 300 pessoas.
Durante as Olimpíadas, dois atletas americanos negros levantam os punhos para reivindicar o poder para os negros, na primeira manifestação política durante os Jogos Olímpicos.
No Uruguai, violentos confrontos levam o governo a decretar estado de sítio. Na Argentina, Colômbia e Venezuela, estudantes ocupam universidades, decretam greves, e se envolvem em intensos confrontos com policiais e forças do Exército.
Frases que expressavam o pensamento da década de 60
Liberdade
"Sejam realistas, exijam o impossível!"
"A imaginação ao poder"
"É proibido proibir"
"As paredes têm ouvidos, seus ouvidos têm paredes"
"Se queres ser feliz, prende o teu proprietário"
"O patrão precisa de ti, tu não precisas dele"
Poder
"Todo poder abusa. O poder absoluto abusa absolutamente"
"Todo poder aos conselhos operários (um enraivecido)Todo poder aos conselhos enraivecidos (um operário)"
"Abaixo o realismo socialista. Viva o surrealismo"
"O poder tinha as universidades, os estudantes tomaram-nas. O poder tinha as fábricas, os trabalhadores tomaram-nas. O poder tinha os meios de comunicação, os jornalistas tomaram-na. O poder tem o poder, tomem-no!"
Política
"A política passa-se nas ruas"
"Viva o poder dos conselhos operários estendido a todos os aspectos da vida"
"Trabalhador: tu tens 25 anos, mas o teu sindicato é do outro século"
"Todo reformismo se caracteriza pela utopia da sua estratégia, e pelo oportunismo da sua tática"
"Quando a Assembléia Nacional se transforma em um teatro burguês, todos os teatros da burguesia devem se transformar em Assembléias Nacionais"
"Juventude Marxista Pessimista"
Revolução
"Revolução, eu te amo"

"A revolução deve ser feitas nos homens, antes de ser feita nas coisas"
"Um só fim de semana não-revolucionário é infinitamente mais sangrento que um mês de revolução permanente"
"A revolução não é a dos comitês, mas, antes de tudo, a vossa.Levemos a revolução a sério, não nos levemos a sério"
Universidade
"Abaixo a Universidade"
"Professores, sois tão velhos quanto a vossa cultura, o vosso modernismo nada mais é que a modernização da polícia, a cultura está em migalhas"
Solidariedade
"A sociedade nova deve ser fundada sobre a ausência de qualquer egoísmo e qualquer egolatria. O nosso caminho será uma longa marcha de fraternidade"
"Tu, camarada, tu, que eu desconhecia por detrás das turbulências, tu, amordaçado, amedrontado, asfixiado, vem, fala conosco"
Fonte: Folha de São Paulo
Alexandre Rios.