sexta-feira, 9 de maio de 2008

Agripino Maia, Dilma Rousseff e a audiência

[...] Como um representante da República pode dizer que a ministra "mentiu" quando estava sob tortura, dando a entender que ela seria uma boa cidadã só se tivesse "cantado" para seus algozes, entregando os colegas para evitar choques e porretadas?

Se for isso, acho que o senhor deveria passar uma noite inteira na peixaria ouvindo o "Créu" repetidamente e no último volume. É o máximo da tortura "limpa" (defendida por alguns maluquetes, como o senhor deve se lembrar) que sou capaz de pensar. Mas, como todos sabemos, certamente não sou tão criativa quanto o pessoal do tempo da ditadura, inclusive os super bonzinhos que estiveram com Dilma quando ela apanhou.

[...] a oposição patina numa incompetência monumental desde 2003, pouca novidade. Se não conseguiram pegar o governo com 1) dólares na cueca, 2) aloprados, 3) mensalão, 4) renangate, 5) severinogate, 6) lobby correndo solto, 7) publicitário admitindo pagamento ilegal, 8) quebra de sigilo de caseiro, 9) dona Corner e suas meninas, 10) land rover companheira, 11) dancinha da pizza no plenário, 12) top top palaciano, 13) Abin indicando araponga em troca de propina etc. está NA CARA que aí tem.

Isso quer dizer que os "oposicionistas" estavam agarrados ao poder de maneira tal que dois mandatos foram insuficientes para aprenderem a ser do contra. Ou, pior - com o pessoal que sabia objetar quando estava do lado de cá do balcão, os atuais só aprenderam mesmo a parte do "relaxa e goza".


E assim, sem resposta alguma sobre dossiê - um dos responsáveis pelo vazamento, José Aparecido Nunes Pires, aliado de José Dirceu, já foi identificado pela Polícia Federal, ou seja, a ministra, comprovadamente, mentiu ao negar a existência do mesmo; sem esclarecimento algum sobre as suspeitas finalidades do PAC, Dilma Rousseff foi um sucesso.

Thales Azevedo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi, Thales. Passei para agradecer a reprodução do texto e deixar um abraço. Você, e os demais, serão sempre bem-vindos no Arrastão. Até!