quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Poema - Tudo bem?

Esse poema eu fiz tem uns 4 a 5 anos e é um dos meus preferidos.Também é um dos mais simples que eu já fiz.
Depois colocarei aqui no blog mais alguns poemas meus.
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Tudo bem?


Nesse momento tudo certo.
Está tudo bem mesmo?
Não tenho certeza do que é incerto.
Mas vamos lá...vamos ser felizes.
O que é a felicidade?
Apenas uma palavra.
Assim como tristeza, medo e alegria.
Não, não...a felicidade está no sorriso, está no olhar.
Está no seu modo de cantar.
Será tudo isso loucura?
Ou será uma censura ao meu modo de pensar?
Já sei.É aquela nuvem.
Enquanto não chover, nada se resolverá.
Você está aqui ou não está?
Meu corpo está. Meu pensamento em outro lugar.
O que eu faço agora?
Durma. Espere a chuva passar.
Amanhã eu lhe acordo.
Ou melhor, o sol.
Está tudo bem agora?
Sim. Tudo de acordo.


Eduardo Vasconcelos.

"A Grande Arte" - Rubem Fonseca

Apesar de cansado, por causa do trote (sim, estou vivo!), irei comentar o livro “A Grande Arte”, escrito por Rubem Fonseca.

A abertura da história é um assassinato de uma prostituta, chamada Danusa, que foi estrangulada e recebeu um corte na face em formato de “P”. Se não fosse por esse último detalhe, sua morte seria insignificante e Madrake, um advogado carioca obcecado em desvendar mistérios, não teria interesse por uma “mera” prostituta assassinada. O enredo começa a tomar forma quando Mitry procura Mandrake para recuperar uma certa fita cassete. Ela está nas mãos de uma massagista (apenas de fachada) chamada Gisela (colega de profissão de Danusa). Mesmo assim, o conteúdo da fita não é comentado. Após um tempo, Gisela é assassinada da mesma forma (com um “P” no rosto), obrigando a Mandrake estudar o caso.

O enredo está longe de ser meramente mais um romance policial. A participação de Mandrake como narrador demonstra o prenúncio da decadência dos anos 80. Não só a decadência financeira, mas, principalmente, a moral. O vazio e inutilidade dos personagens (ricos, pobres, anões, assassinos, prostitutas... enfim, todo tipo de gente) é escancarado. Perdido na cidade do Rio de Janeiro, vemos Mandrake e seu sócio judeu, Wexler, buscar todas as pistas para descobrir o assassino. E tudo isso ocorre por causa de uma simples fita cassete.

Algumas vezes a leitura parece se perder, entretanto ao longo da narrativa vemos como tudo está interligado, entrelaçado, semelhante à vida real. Não é um simples assassino. Mandrake é apenas uma peça no meio de um jogo político e econômico. Rubem demonstra os vínculos e coincidências infinitas da nossa vida cotidiana atraindo, assim, o leitor.

Paralelo à história, vemos um Mandrake apaixonado por várias (... e várias) mulheres. Sua infidelidade é nata e justificável, inclusive, com base na mitologia grega. A sua paixão não só pelas mulheres, mas também pela vida o protege dos fatos peculiares vivenciados por ele. Além disso, Rubem fez uma linguagem altamente irônica, principalmente nos diálogos com o judeu e o anão falador (quem ler entenderá).

Enfim, Rubem Fonseca possui A Grande Arte de escrever um romance policial inovador e fundamental para os leitores brasileiros.

ps: agradecimentos a quem me indicou o livro, Thales Azevedo


Lucas Caires

01. Grandes Momentos da Música : Elvis Presley - You Don't Have To Say You Love Me

Essa música é a minha preferida do Rei do Rock.
Li em algum lugar, não me recordo qual, que "You Don't Have To Say You Love Me" era a música preferida de Elvis.
Essa música, na verdade, é uma versão em inglês para a música italiana "Io che vivo senza te", escrita por Pino Donaggio e V. Pallavacini em 1964. A versão de Elvis foi lançada em 1970 no LP "That's the way it is"
No video abaixo, Elvis solta o seu vozeirão no clássico show "Aloha from Hawaii", de 1973.
Sem dúvidas, esse é um grande momento da história da música!






Eduardo Vasconcelos.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Rede de Intrigas


Rede de Intrigas (1976) é, talvez, o melhor filme já feito sobre a mídia, mais particularmente a televisão. De forma extremamente ácida e irônica, Sidney Lumet – este grande diretor norte-americano – nos mostra os artificialismos a que milhões de pessoas estão submetidas todos os dias e que são por eles educados. Os artificialismos da televisão, muito mais presente nestas gerações do que qualquer outra forma de expressão humana. Como essa educação transformou e continua transformando os cidadãos? Teríamos nós – como diz um dos personagens do filme – nos transformados em humanóides?

No filme, presenciamos os interesses de bastidores dos canais e concluímos que tudo, tudo, não passa de puro interesse comercial. Existem boas intenções na televisão? Sim, talvez. Mas os lucros vêm em primeiro lugar porque o que está por trás da nossa porcaria de aparelho televisivo é uma grande empresa, formada por outras empresinhas, e todos aquelas pessoas que apresentam os programas e jornais são meros fantoches de interesses. Duvida?

Vamos para a sinopse.
Howard Beale (Peter Finch) é um apresentador decadente de um jornal igualmente decadente. Ele já foi um ícone da televisão, um grande homem das notícias e que, acima de tudo, dava audiência. Até que sua vida começou a desmoronar. O índice de audiência caiu, sua esposa faleceu, deixando-o sozinha com sua filha para cuidar. A depressão chegou até ele e depois veio a demissão. Dão-lhe duas semanas a mais no ar. O que faz Howard Bale? Anuncia em pleno programa que irá se suicidar no ar em uma semana. Inesperadamente, a curiosidade do público cresce. O jornal volta a ter audiência, com um grande público a acompanhar o apresentador até a hora da sua morte. A emissora começa a receber lucros e não mais prejuízos. Howard Bale passa a protestar. Vira um pregador da “voz americana”, a voz de revolta com tudo que está acontecendo, berrando para que as pessoas repitam "Eu enlouqueci e não vou mais agüentar isso!". E as pessoas repetem. Leiam o discurso abaixo, quando o mundo estava em plena Guerra Fria. Não se encaixa quase que perfeitamente com o contexto atual?

Não preciso lhes dizer que a coisa está feia. Todos sabem que está feia. É uma nova "depressão". Todo mundo desempregado ou com medo de perder o emprego. Um dólar compra um quarto de dólar. Os bancos estão quebrando. Balconistas guardam armas em baixo das registradoras. Punks vandalizando. Ninguém em lugar nenhum parece saber o que fazer e não há fim para isso. Sabemos que o ar é insuficiente para respirarmos e a comida para nos alimentar. Nos sentamos assistindo à nossa TV enquanto o apresentador nos diz que hoje tivemos 15 homicídios e 63 crimes violentos... Como se esse fosse o jeito que as coisas deveriam ser! Nós sabemos que as coisas estão ruins. Pior que ruim. Elas estão enlouquecendo. Tudo em todo lugar está ficando maluco. Então nós não saímos mais de casa. Sentamos-nos dentro de nossas casas. E lentamente o mundo em que vivemos vai ficando menor. Tudo o que dizemos é "Por favor, por favor, ao menos em nossas casas deixem-nos em paz. Deixe-me ter minha tostadeira, minha TV e minha calota cromada. Não direi nada. Só deixe-me em paz." Pois eu não vou deixá-los em paz. Eu quero que vocês enlouqueçam! Eu não quero que vocês protestem ou façam um tumulto. Não escrevam para seu congressista. Porque não sei o que dizer pra vocês escreverem. Eu não sei o que fazer sobre a "depressão", a inflação, os russos e o crime nas ruas. Tudo que eu sei é que antes de tudo vocês têm que enlouquecer! Vocês têm que dizer: "Eu sou um ser humano, diabos! Minha vida tem valor!"

Os bastidores fervem. As corporações começam a agir. O programa de Howard Bale passa a ser o principal da emissora, um dos mais vistos em todo o país. Com isso vem a grana, todos querem a maldita grana. O conteúdo do programa fica em segundo plano, claro. Como faz uma das personagens, a gananciosa
Diana Christensen (Faye Dunaway), que contrata um grupo terrorista de extrema esquerda para filmar seus atentados exibidos no programa "Hora do Mao Tse-tung". Aliás, Diana é a própria humanóide, completamente distante do mundo real e da humanidade. E isso fica claro quando passa a se relacionar com Max Schumacher (William Holden), um experiente jornalista - que teve a cabeça rolada quando os interesses da emissora não se encaixavam com sua conduta mais idealista. Max é, sem dúvidas, o último contato de Diana com a realidade.

Aos poucos os interesses corporativos começam a ser ameaçados à medida que Howard Beale passa a, digamos, falar demais. Ele denuncia os podres das negociações da emissora em que trabalha, como os acordos com os árabes que compraram parte da emissora. Howard Beale, portanto, torna-se um perigo. Um perigo popular. Por um lado tirar ele da programação da emissora seria tirar picos de audiência, deixá-lo, porém, pode desmoralizar toda uma empresa. O que fazer? Não irei adiantar mais para não entregar a história.

O filme é, na minha opinião, uma bela mistura de "Adorável Vagabundo" (Frank Capra) - com a idéia inicial do protagonista anunciar sua própria morte, tornando-se um profeta dos valores americanos -, "Montanha dos Sete Abutres" (Billy Wilder), com forte crítica à mídia e seus interesses, muitas vezes superiores à importância da vida humana, além de pitadas filosóficas de filmes de Woody Allen, como "Crimes e Pecados" - principalmente retratando as incertezas de personagens abalados e confusos pela velhice. Claro, tudo isso não faria uma grande filme não fosse a competência de Sidney Lumet. Vale a pena lembrar que “Rede de Intrigas” foi um dos filmes mais bem-sucedidos de 1976, arrematando 4 Oscar: Melhor ator (
Peter Finch – que recebeu o prêmio postumamente), Melhor Atriz (Faye Dunaway), Melhor Atriz Coadjuvante (Beatrice Straight) e Melhor Roteiro Original. O filme ainda concorreu em categorias importantes como Melhor Filme, Direção, Ator Coadjuvante, Montagem e Fotografia. Mais um filmaço de Sidney Lumet, obrigatório.

... Não existem nações. Não existem pessoas. Não existem russos. Não existem árabes. Não existe terceiro mundo. Não existe oeste. Só há um sistema holístico de sistemas! Um vasto e imanente, interligado, interagente, multi-variante, multi-nacionaldomínio de dólares! Dólares petrolíferos, eletro-dólares, multi-dólares. Moeda alemã, moeda japonesa, moeda russa, moeda britânica e moeda dos judeus! É o sistema internacional da moeda corrente que determina a totalidade de vida neste planeta. Esta é a ordem natural das coisas hoje em dia. Esta é a estrutura atômica, sub-atômica e galáctica das coisas... Não há América. Não há democracia. Só há IBM, ITT e AT&T... E Du Pont, Dow, Union Carbide e Exxon. Essas são as nações do mundo de hoje.

Sobre o que você acha que os russos falam em seus conselhos de Estado? Karl Marx? Eles saem de suas programações lineares, decisões em cima de teorias estáticas, soluções minimalistas e computam as probabilidades do custo-benefício de suas transações e investimentos, como nós. Nós não estamos mais vivendo num mundo de nações e ideologias. O mundo é um colegiado de corporações inexoravelmente determinado pelas leis imutáveis dos negócios. O mundo é um negócio.

Alexandre Rios.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Oscar 2009 - Análise e Apostas


O Oscar 2009 está muito previsível. Ou alguém aí acha que Quem que ser um milionário? (que título ridículo deram para o mais novo filme de Danny Boyle, hein?), Danny Boyle e Heath Ledger não irão ganhar os Oscars de melhor filme, melhor diretor e melhor ator coadjuvante respectivamente? Kate Wislet também já está quase garantida como melhor atriz (apesar da excelente atuação de Maryl Streep em Dúvida) no "mais um filme que trata sobre o Holocausto" O Leitor (ninguém aguenta mais filmes sobre o Holocausto ou Segunda Guerra Mundial serem indicados para melhor filme! Chega, já esgotaram esse assunto!).
E a minha bronca com o Oscar desse ano é justamente a principal categoria. Se analisarmos friamente a lista de indicados a melhor filme, veremos que não há nenhum filme do porte de um Sangue Negro (para mim, o melhor filme da década até agora) ou de um Onde os fracos não tem vez, filmes que concorreram a estatueta ano passado e levariam facilmente se concorressem esse ano. Os filmes desse ano são apenas bons ( O Curioso Caso de Benjamin Button e Milk ) , muito bons ( no caso de Quem que ser um milionário? e Frost/Nixon ) e medianos ( O Leitor), não havendo nenhum filme excelente ou extraordinário. Três filmes excelentes do ano passado e que mereciam estar nessa lista, mas não estão, são: Batman- O Cavaleiro das Trevas ( não só o filme, mas também o seu diretor, Christopher Nolan, merecia estar concorrendo), O Lutador e a animação com ares chaplianos WALL-E.

E porque a Academia indicou o mediano O Leitor e não Batman (sucesso não só de bilheteria, mas também de crítica, assim como O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei foi em 2003) ? Isso, meus amigos, pode ser explicado por duas razões principais: a primeira, e mais óbvia, é o preconceito dos membros da Academia com filmes baseados em quadrinhos e também, como já foi dito, o apreço que eles têm por filmes que tratam do Holocausto. Um blockbuster de quadrinhos como Batman sendo indicado para melhor filme? Uma heresia para eles, tenho certeza disso...

A segunda razão é o forte lobby feito pelo senhor Harvey Weinstein, conhecido por sua agressividade em relação a prêmios, para que seus filmes chatos sejam indicados a qualquer custo (quem não se lembra aí do Oscar de 1999, quando o péssimo Shakespeare Apaixonado ganhou o Oscar, absurdamente, no lugar de O Resgate do Soldado Ryan, o melhor filme daquele ano e um dos melhores da década de 1990? Isso graças ao forte lobby realizado nos bastidores pelo Weinstein e sua companhia).

Na minha opinião, a categoria de mehor filme nesse ano seria composta por: Batman - O Cavaleiro das Trevas ( o melhor filme do ano passado), WALL-E (deve ganhar o prêmio de melhor animação como consolação por não ter concorrido a melhor filme), O Lutador (está concorrendo a melhor ator com Mickey Rourke, mas esse filme é tão poderoso que deveria concorrer também na categoria de melhor filme), Quem Quer Ser Um Milionário? (sem dúvidas, é o melhor filme entre os 5 indicados e o que mais dialoga com os tempos atuais) e Froxt/Nixon (filme que está no mesmo patamar de outros clássicos que tratam sobre a mídia, como Rede de Intrigas, de Sidney Lumet e A Montanha dos Sete Abutres, de Billy Wilder). Deixaria de fora, portanto, O Curioso Caso de Benjamin Button (é um bom filme, mas muito arrastado, bastante pretensioso e querendo ou não, se assemelha em diversos pontos com Forrest Gump, cujo roteirista, Eric Roth, é o mesmo de Benjamin Button) e Milk (é um filme que vale mais pela atuação de Sean Penn do que por qualquer outra coisa). Benjamin Button aliás, corre o risco de não levar para casa nenhuma estatueta das 13 que está concorrendo, ou ,no máximo, duas ou três em categorias técnicas.

A categoria mais acirrada esse ano é a de melhor ator, pois não se sabe se quem ganhará é o ressuscitado Mickey Rourke ou Sean Penn, que já ganhou um Oscar por Sobre Meninos e Lobos. Se qualquer um dos outros três atores ganhar (Brad Pitt, Frank Langella ou Richard Jenkins) , será uma imensa surpresa.

Abaixo, vou colocar a lista dos indicados em todas as categorias (tirando apenas as categorias de Documentário e Curta-Metragem, que eu não acompanhei) e as minhas apostas (prometo , nas próximas semanas, fazer uma crítica de Quem quer ser um milionário? e Frost/Nixon, os dois favoritos meus na categoria de melhor filme).

Vamos ver se minha bola de cristal está funcionando mesmo...


FILME

-O Curioso Caso de Benjamin Button
- Frost/Nixon
- Milk
- O Leitor
- Quem Quer Ser Um Milionário?

Quem vai ganhar : Quem Quer Ser Um Milionário?
Eu votaria em : Quem Quer Ser Um Milionário?
Quem não está concorrendo e deveria ganhar : Batman - O Cavaleiro das Trevas
Se ganhar, será um absurdo : O Leitor

DIRETOR

- David Fincher, por O Curioso Caso de Benjamin Button
- Ron Howard, por Frost/Nixon
- Gus Van Sant, por Milk
- Stephen Daldy, por O Leitor
- Danny Boyle, por Quem Quer Ser Um Milionário

Quem vai ganhar : Danny Boyle
Eu votaria em : Danny Boyle (poderia votar também em David Fincher, mas ele já fez filmes melhores que Benjamin Button)
Quem não está na lista, mas merecia vencer : Christopher Nolan , por Batman - O Cavaleiro das Trevas
Se ganhar será um absurdo : Stephen Daldry

ATOR

- Richard Jenkins ( Aprendendo a Viver)
- Frank Langella (Frost/Nixon)
- Sean Penn (Milk)
- Brad Pitt (O Curioso Caso de Benjamin Button)
- Mickey Rourke (O Lutador)

Quem vai ganhar : Mickey Rourke
Eu votaria em : Mickey Rourke
Se ganhar, não me desagradará : Sean Penn
Se ganhar, será um absurdo : Brad Pitt (é um bom ator, mas já teve papéis melhores)

ATRIZ

- Anne Hathaway ( O casamento de Rachel)
- Angelina Jolie (A Troca)
- Melissa Leo (Rio Congelado)
- Maryl Streep (Dúvida)
- Kate Winslet (O Leitor)

Quem vai ganhar : Kate Winslet
Eu votaria em : Anne Hathaway (Kate Winslet merecia o Oscar mais por Foi Apenas Um Sonho do que por O Leitor e Meryl Streep é, como sempre, uma forte candidata; essa é também uma categoria bastante acirrada assim como a de melhor ator)
Se ganhar, não me desagradará : se qualquer uma das indicadas ganhar, o Oscar estará em boas mãos.

ATOR COADJUVANTE

- Josh Brolin (Milk)
- Robert Downey Jr. (Trovão Tropical)
- Philip Seymour Hoffman (Dúvida)
- Heath Ledger (Batman - O Cavaleiro das Trevas)
- Michael Shannon (Foi Apenas um Sonho)

Quem vai ganhar : Heath Ledger
Eu votaria em : Heath Ledger
Se ganhar, será um absurdo : qualquer um que não Heath Ledger (apesar dos outros atores estarem muito bem em seus papéis, a atuação de Ledger está um patamar acima das outras; é a melhor atuação masculina de 2008, seja na categoria de ator principal, seja na de coadjuvante)

ATRIZ COADJUVANTE

- Amy Adams (Dúvida)
- Penélope Cruz (Vicky Cristina Barcelona)
- Viola Davis (Dúvida)
- Taraji P. Henson (O Curioso Caso de Benjamin Button)
- Marisa Tomei ( O Lutador)

Quem vai ganhar: Penélope Cruz
Eu votaria em: Penélope Cruz
Se ganhar, não me desagradará: Viola Davis
Se ganhar, será um absurdo: Taraji P. Henson

ROTEIRO ADAPTADO

- O Curioso Caso de Benjamin Button, por Eric Roth e Robin Swicord
- Dúvida, por John Patrick Shanley
- Frost/Nixon, por Peter Morgan
- O Leitor, por David Hare
- Quem Que Ser Um Milionário?, por Simon Beaufoy

Quem vai ganhar: Quem Quer Ser Um Milionário?
Eu votaria em: Quem Quer Ser Um Milionário?
Se ganhar, não me desagradará : Dúvida ou Frost/Nixon
Se ganhar, será um absurdo: O Curioso Caso de Benjamin Button, pois Eric Roth já venceu esse Oscar quando o nome do filme era Forrest Gump.

ROTEIRO ORIGINAL

- Rio Congelado, por Courtney Hunt
- Simplesmente Feliz, por Mike Leigh
- Na Mira do Chefe, por Martin McDonaugh
- Milk, por Dustin Lance Black
- WALL -E, por Andrew Stanton, Jim Reardob e Peter Docter

Quem vai ganhar: Milk
Eu votaria em : Na Mira do Chefe (esse filme sarcástico, violento e diverto possui um roteiro que é uma pérola, com diálogos absolutamente fantásticos)
Se ganhar, não me desagradará : WALL-E e Na Mira do Chefe

FILME ESTRANGEIRO

- Der Baader Meinhof Komplex, de Uli Edel (Alemanha)
- Entre Le Murs (The Class), de Laurent Cantet (França)
- Okuribito (Derpatures), de Yojiro Takita (Japão)
- Revanche, de Götz Spielmann (Áustria)
- Valsa com Bashir, de Ari Folman (Israel)

Quem vai ganhar: Valsa com Bashir (não vi nenhum dos cinco filmes, mas esse, pelos prêmios que já conquistou, é o favorito)
Eu votaria em : não tenho como votar, pois não vi nenhum dos cinco filmes.


ANIMAÇÃO

- Bolt
- Kung Fu Panda
- WALL-E

Quem vai ganhar: WALL-E
Eu votaria em: WALL-E

FOTOGRAFIA

- A Troca, por Tom Stern
- O Curioso Caso de Benjamin Button, por Claudio Miranda
- Batman - O Cavaleiro das Trevas, por Wally Pfister
- O Leitor, por Chris Menges e Roger Deakins
- Quem Quer Ser um Milionário?, por Anthony Dod Mantle

Quem vai ganhar: Quem Quer Ser Um Milionário?
Eu votaria em: Batman - O Cavaleiro das Trevas
Se ganhar, não me desagradará: O Curioso Caso de Benjamin Button

MONTAGEM

- O Curioso Caso de Benjamin Button, por Kirk Baxter e Angus Wall
- Batman - O Cavaleiro das Trevas, por Lee Smith
- Frost/Nixon, por Mike Hill e Dan Hanley
- Milk, por Elliot Graham
- Quem Quer Ser Um Milionário?, por Chris Dickens

  • Quem vai ganhar: Quem Quer Ser Um Milionário?
  • Eu votaria em : Batman - O Cavaleiro das Trevas


DIREÇÃO DE ARTE

- A Troca, por James J. Murakami e Gary Fettis
- O Curioso Caso de Benjamin Button, por Donald Graham Burt e Victor J. Zolfo
- Batman - O Cavaleiro das Trevas, por Nathan Crowley e Peter Lando
- A Duquesa, por Michal Carlin e Rebecca Alleway
- Foi Apenas um Sonho, por Kristi Zea e Debra Schutt

Quem vai ganhar: O Curioso Caso de Benjamin Button
Eu votaria em: O Curioso Caso de Benjamin Button

FIGURINO

- Austrália, por Catherine Martin
- O Curioso Caso de Benjamin Button, por Jacqueline West
- A Duquesa, por Michael O'Connor
- Milk, por Danny Glicker
- Foi Apenas Um Sonho, por Albert Wolsky

Quem vai ganhar: A Duquesa
Eu votaria em: A Duquesa

TRILHA SONORA

- O Curioso Caso de Benjamin Button, por Alexandre Desplat
- Defiance, por James Newton Howard
- Milk, por Danny Elfman
- Quem Quer Ser Um Milionário?, por A.R. Rahman
- WALL-E, por Thomas Newman

Quem vai ganhar: Quem Quer Ser um Milionário?
Eu votaria em: WALL-E
Quem não está concorrendo, mas deveria ganhar: Batman-O Cavaleiro das Trevas

CANÇÃO

- "Down To Earth", de Peter Gabriel e Thomas Newman (WALL-E)
- "Jai Ho", de A.R. Rahman e Gulzar (Quem Quer Ser Um Milionário?)
- "O Saya", de A.R. Rahman e Maya Arulpragasam (Quem Que Ser Um Milionário?)

Quem vai ganhar: "Jai Ho" (Quem Quer Ser Um Milionário?)
Eu votaria em: "Down To Earth" (WALL-E)
Quem não está concorrendo, mas deveria ganhar: "The Wrestler" ( O Lutador), de Bruce Sprinsgteen

MAQUIAGEM

- O Curioso Caso de Benjamin Button, por Greg Cannom
- Batman - O Cavaleiro das Trevas, por John Caglione Jr. e Conor O'Sullivan
- Hellboy II: O Exército Dourado, por Mike Elizalde e Thom Floutz

Quem vai ganhar : O Curioso Caso de Benjamin Button
Eu votaria em : O Curioso Caso de Benjamin Button

EDIÇÃO DE SOM

- Batman - O Cavaleiro das Trevas, por Richard King
- Homem de Ferro, por Frank Eulner e Christopher Boyes
- Quem Quer Ser Um Milionário?, por Tom Sayers
- WALL-E, por Ben Burtt e Matthew Wood
- O Procurado, por Wylie Stateman

Quem vai ganhar : Batman - O Cavaleiro das Trevas
Eu votaria em : Batman- O Cavaleiro das Trevas

MIXAGEM DE SOM

- O Curioso Caso de Benjamin Button, por David Parker, Michael Semanick, Ren Klyce e Mark Weingarten
- Batman - O Cavaleiro das Trevas, por Lora Hirschberg, Gary Rizzo e Ed Novick
- Quem Quer Ser Um Milionário?, por Ian Tapp, Richard Pryke e Resul Pookutty
- WALL-E, por Tom Myers, Michael Semanick e Ben Burtt
- O Procurado, por Chris Jenkins, Frank A. Montaño e Petr Forejt

Quem vai ganhar : Batman - O Cavaleiro das Trevas
Eu votaria em : Batman - O Cavaleiro das Trevas

EFEITOS VISUAIS

- O Curioso Caso de Benjamin Button, por Eric Barba, Steve Preeg, Burt Dalton e Craig Barron
- Batman - O Cavaleiro das Trevas, por Nick Davis, Chris Corbould, Tim Webber e Paul Franklin - Homem de Ferro, por John Nelson, Ben Snow, Dan Sudick e Shane Mahan

Quem vai ganhar : O Curioso Caso de Benjamin Button
Eu votaria em : Batman - O Cavaleiro das Trevas


Eduardo Vasconcelos.

Mudaram os critérios do Oscar?

Os três momentos do Oscar. Em suas primeiras décadas, Hollywood premiava produções coletivas como E o Vento Levou... (à esq., 1939). Na década de 1970, instigados pelos franceses, filmes de autor como O Poderoso Chefão, de Francis Ford Coppola (no centro), começaram ganhar
destaque. O Curioso Caso de Benjamin Button (à dir.) apresenta uma mudança nesses critérios?

Por André Nigri, retirado do site da revista Bravo!

A festa de entrega do Oscar, no próximo dia 22, terá glamour no tapete vermelho e uma discussão nos bastidores: afinal, mudaram os critérios da premiação? Existe uma percepção geral segundo a qual a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood costuma privilegiar superproduções — os chamados "filmes de Oscar" —, deixando em segundo plano o cinema mais autoral. Logo depois do anúncio dos indicados, no fim do mês passado, um dos mais respeitados críticos de cinema dos Estados Unidos, Richard Brody, abriu um debate que repercutiu na imprensa do mundo inteiro. Segundo ele, essa tendência pode estar mudando. Seu principal argumento é que os cinco cineastas indicados a melhor diretor são exatamente os diretores dos cinco candidatos a melhor filme, uma combinação rara de acontecer. Para Brody, isso pode significar que Hollywood está privilegiando cada vez mais a autoria nos filmes. O crítico, que assina um blog na revista The New Yorker, fala como autoridade no assunto. Ele é um estudioso do cinema francês dos anos 60, época em que ficou definido o conceito de filme autoral, e biógrafo de um cineasta que se identifica com a tendência mais do que qualquer outro: o suíço Jean-Luc Godard.

O filme que concorre ao maior número de estatuetas, O Curioso Caso de Benjamin Button — 13 no total —, seria o exemplo mais eloquente. A produção, estrelada por Brad Pitt, tem como diretor David Fincher, um dos mais idiossincráticos cineastas americanos da atualidade. Fazem parte de sua filmografia dramas densamente psicológicos como Clube da Luta (1999), policiais intrincados como Seven (1995) e reconstituições de época sofisticadas como Zodíaco (2007).

O Curioso Caso de Benjamin Button é a adaptação de um conto de um dos maiores romancistas americanos, Francis Scott Fitzgerald, o autor que melhor retratou a euforia dos Estados Unidos no período que antecedeu a Grande Depressão. O conto se presta a um filme autoral até porque não tem nada de realista: narra a história de um homem que nasce velho e cujo corpo vai rejuvenescendo ao longo da vida, ao passo que, paralelamente, sua mente amadurece.

Para entender essa possível mudança no Oscar, é preciso refletir um pouco sobre a questão da autoria no cinema e sobre a própria gênese da premiação. O cinema americano nos anos 30 e 40 era considerado uma forma de arte predominantemente coletiva, em que se mesclavam os talentos de produtores, roteiristas, atores e diretores, sem a predominância de nenhum deles. Foi nessa fase que o Oscar foi criado. A premiação surgiu há 80 anos, quando a indústria cinematográfica baseada em Los Angeles se consolidava como uma das mais rentáveis da América e suas produções se espalhavam pelo mundo, rendendo milhões de dólares para os cofres dos estúdios.

A própria divisão em categorias privilegiava esse caráter de arte coletiva, e os premiados dos primeiros 30 anos de Oscar refletiam esse pensamento. É a era de E o Vento Levou... (1939), que ganhou oito Oscar das 13 indicações a que concorreu, e do épico bíblico Ben-Hur (1959), que faturou 11 vitórias em 12 indicações.

Frise-se que autoria não tem nada a ver com qualidade. Numa cultura que tem a meritocracia entre seus pilares, o Oscar nunca se impressionou com superproduções que eram apenas superproduções — a qualidade artística sempre esteve em primeiro plano. O caso exemplar é Cleópatra, de 1963, o filme mais caro já feito até aquela ocasião nos Estados Unidos. Mesmo com a superestrela Elizabeth Taylor no papel principal, foi um fracasso de público — e rendeu poucas estatuetas na festa do Oscar, todas em categorias de menor importância.

Foi nos anos 70 que a criatividade vulcânica de Francis Ford Coppola, um dos diretores mais autorais do cinema americano no século passado, foi premiada duas vezes: O Poderoso Chefão (1973) e O Poderoso Chefão 2 (1975). Até Woody Allen se beneficiou da onda, levando seu único Oscar de melhor filme, em 1978, por Noivo Neurótico, Noiva Nervosa — desprezando um prêmio identificado com o "cinemão", o mais alternativo dos cineastas dos anos 70 preferiu ficar tocando clarinete num bar em Nova York a ir a Hollywood receber a estatueta.

Em alguns casos, a Academia demorou para perceber o talento autoral, mas se redimiu depois. Desde seu primeiro longa, O Encurralado (1971), Steven Spielberg era um diretor totalmente fora da curva e se firmou como autor de originalidade exuberante em duas obras-primas do cinema, Tubarão (1975) e E. T. — O Extraterrestre (1982). Spielberg era tão avançado para os cânones do cinema que só foi reconhecido pela Academia em 1993, com a premiação de A Lista de Schindler. Outro cineasta de pegada autoral, Clint Eastwood só levaria o Oscar de melhor filme já veterano, em 1992, por Os Imperdoáveis, uma homenagem aos grandes westerns de John Ford e Sergio Leone.

Nas últimas décadas, a Academia vem alternando entre valorizar filmes de matriz coletiva e produções mais autorais. No primeiro e emblemático caso, está Titanic (1998), com 14 indicações e 11 estatuetas, entre elas a de melhor filme; no segundo caso, a premiação de melhor filme, no ano passado, para Onde os Fracos não Têm Vez, dos autoralíssimos irmãos Joel e Ethan Coen.

Nessa alternância entre autoral e coletivo, O Curioso Caso de Benjamin Button é, com o perdão do trocadilho, um caso curioso. É inegável que David Fincher é um autor, como diz o crítico Richard Brody, mas, pelo orçamento e pelas características, esse é o filme mais "de Oscar" que ele já fez. Entre outras razões, pelo fato de que o roteirista Eric Roth, também indicado, é o mesmo de Forrest Gump, premiado como melhor filme em 1995.

Em O Curioso Caso de Benjamin Button, Roth repetiu várias fórmulas que haviam encantado a Academia em 1995, criando diálogos parecidos para as cenas de amor entre casais de gerações diferentes, por exemplo. Fica difícil afirmar, assim, que as 13 indicações de O Curioso Caso de Benjamin Button seriam um reconhecimento à criatividade de David Fincher. O que se pode dizer com certeza é que, numa política que alterna filme "de Oscar" e cinema autoral, Benjamin Button se beneficiou do fato de ser, de certa forma, as duas coisas ao mesmo tempo.

Alexandre Rios.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

A friend of the devil is a friend of mine...

“Friend of the devil”, do Grateful Dead, é uma das minhas músicas preferidas. Tá no Top 10. Por gostar tanto dela, farei um pequeno texto em sua homenagem. Pois bem, a música faz parte do clássico “American Beauty”, um disco genial, sublime. A harmonia musical deste álbum de 1970 é impressionante, traduz bem o espírito hippie do Grateful Dead, uma das principais bandas desse cenário revolucionário da década de 60. Em outra oportunidade falarei sobre o disco, o foco agora é destrinchar uma música específica, a segunda faixa de “American Beauty” e a melhor, em minha opinião.

A música conta a história de um fora-da-lei típico do oeste americano – lembrando muito alguns personagens marginais de músicas do Johnny Cash -, mais especificamente da lendária Reno. Ele está fugindo de um crime – não especificado na canção – e é ajudado pelo diabo, que o empresta vinte dólares, desaparecendo logo depois. Um pouco aliviado, afinal, “a friend of the devil is a friend of mine”, ele resolve passar a noite em Utah, como diz a música, “numa caverna no topo da colina”.

Ran into the devil, babe, he loaned me twenty bills
I spent the night in Utah in a cave up in the hills.


O anti-herói, cansado, com insônias constantes e correndo contra o tempo – com o xerife na sua cola – logo se surpreende com a volta do diabo que, sem explicações, toma sua grana de volta. Talvez o diabo não seja tão amigo assim mas, afinal, quem é amigo de um criminoso no velho oeste? No final das contas, só há duas coisas que ainda movem o protagonista: voltar para casa pra tentar dormir durante a noite e, quem sabe, viver com um pouco mais de felicidade.

Não há tempo a perder. Se a polícia o pegar, ele passará o resto dos dias na cadeia. É melhor permanecer livre - numa vida sofrida, é verdade, mas a liberdade vale tudo. Como diz na canção, há duas coisas que o faz chorar toda noite: a doce Anne Marie, “a alegria do seu coração” e a possibilidade de ser preso.

Got two reasons why I cry away each lonely night,
The first one's named Sweet Anne Marie, and she's myhearts delight.
The second one is prison, babe, the sheriff's on mytrail,
And if he catches up with me,
I'll spend my life injail.

O diabo o enganou. Mas, bom, o diabo é assim mesmo. O que dizer de uma das suas duas esposas, de Chino - a outra mora em Cherokee -? Ela diz que tem um filho com ele, mas, como afirma o personagem, ”ele não se parece comigo”.

Got a wife in Chino, babe, and one in Cherokee
The first one says she's got my child,
but it don'tlook like me.

Não dá pra confiar em ninguém. Não dá pra refletir muito. Droga, é melhor continuar correndo! Um amigo do diabo é um amigo meu, se eu chegar em casa antes do amanhecer posso dormir um pouco à noite...

Set out runnin' but I take my time,
A friend of the devil is a friend of mine,
If I get home before daylight,
I just might get somesleep tonight.



Versão de "Friend of the devil" por Bob Dylan.

Alexandre Rios.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Caro Francis II

Thales Azevedo.

LOST - 5ª temporada - Resumão dos episódios 03 e 04


Como eu passei um tempo viajando, não tive como fazer nas três últimas semanas o resumo dos episódios 03,04 e 05 da quinta temporada de Lost. Por isso, agora eu farei conjuntamente os resumos dos episódios 03 e 04 (destacando os principais pontos de cada um), e, no máximo, até terça-feira da próxima semana, postarei aqui no blog os resumos dos episódios 05 e 06 ( o episódio 06 passou quarta-feira nos EUA). Após isso, continuarei fazendo, toda semana, o resumo dos episódios na respectivas semanas que eles forem lançados. Então vamos lá!


Esse episódio foi, ao lado do quinto episódio, o melhor do que aconteceu em Lost nessa quinta temporada até agora. O episódio é marcado, fora da ilha, pela busca de Desmond pela mãe de Faraday (eu começo a achar que a mãe de Faraday é Eloise Hawkings, a velha que aparece no fim do episódio 02 dessa temporada, "The Lie") e pelo encontro do pessoal que está na ilha com os Outros, sendo que este encontro acontece no passado, mais precisamente no ano de 1954 (a ilha viajou no tempo mais uma vez...), quando Richard Alpert (afinal, quantos anos tem esse cara?) ainda era o líder dos Outros.
Desmond, tentando encontrar a mãe de Faraday, vai até Oxford em busca de informações. Lá, ele descobre que os registros de Desmond foram apagados devido a uma experiência mal sucedida em uma cobaia humana. Sem saída, o "Brotha" acaba recorrendo ao todo poderoso Charles Widmore, e este revela que esteve por trás dos experimentos realizados por Faraday. A conversa travada entre os dois é um dos pontos altos do episódio, apresentando um Desmond bastante determinado (se antes Desmond era humilhado por Widmore, hoje ele coloca o velho contra a parede). Nessa conversa, Desmond arranca de Widmore a informação de que deve encontrar a mãe de Faraday em Los Angeles (local onde estão todos os outros personagens que sairam da ilha)
Na ilha, duas situações acontecem : o pessoal do cargueiro (Faraday, Miles e Charlotte) são feitos de reféns pelos Outros, enquanto que Juliet, Locke e Sawyer fazem alguns integrantes dos Outros de reféns. Faraday, assumindo a liderança da equipe do cargueiro, demonstra, novamente, saber o que está acontecendo na ilha, pois revela aos Outros os estragos que a bomba de hidrogênio ( o nome do episódio, "Jughead", é o nome que está escrito na bomba) do acampamento dos Outros poderia ocasionar (por isso, o físico manda enterrarem a bomba).
Locke vai ao encontro de Alpert, que não o reconhece, e tenta convecê-lo de que é o verdadeiro líder dos Outros. Richard não se convence disso, mas o careca insistente pede para Richard encontrá-lo dois anos no futuro, data em que Locke nasceu (o "flashback" de Locke do episódio "Cabin Fever"foi finalmente explicado).
O episódio termina de maneira bombástica: Locke descobre que Charles Widmore era um membro dos Outros. Além disso, após mais uma mudança de tempo da ilha, Charlotte entra em transe e desmaia.

Mais alguns destaques deste episódio:

- Desmond batizou o seu filho com o nome de Charlie, uma homenagem bem bacana a um dos importantes personagens da série.
- A declaração de amor de Faraday para Charlotte foi bem bonita e tocante.
- A parede de chumbo foi construída na ilha graças ao que Faraday disse no passado.
- Quando perguntada sobre a idade de Richard Alpert, Juliet diz a Locke que ele é velho e nada mais, o que mantém o mistério sobre a sua idade.


[ Nota do episódio : 9.5 ]




LOST - [S05E04] - The Little Prince

Para ficar mais fácil de explicar o que aconteceu nesse ótimo episódio, eu voltarei a dividir os acontecimentos em "Fora da ilha" e "Dentro da ilha", pois várias coisas importantes aconteceram.

---> Fora da ilha:

- É retomado o encontro que aconteceu na season premiere entre Sayid e Jack no hospital. Sayid nem teve tempo direito de acordar e outro homem aparece querendo matá-lo. Porém, Sayid, através de suas técnicas ninjas, consegue matar o cara e depois disso descobre um endereço que poderia levá-lo ao paradeiro do executor: o endereço é a casa de Kate em Los Angeles!
- Kate tenta fazer um acordo com o advogado Dan Norton para tentar ficar com a guarda de Aaron. Porém, essa tentativa não dá certo. Kate decide então, juntamente com Jack (este foi ao encontro da sardenta), seguir o advogado e descobrir quem quer tomar a criança para si. A princípio, achamos que a mãe de Claire que está por trás dessa manobra maligna, mas ao ser confrontada por Jack, ela afirma que não sabe de nada disso.
- Por fim, todos os Oceanic Six são conduzidos a um mesmo lugar (menos Hurley que está preso). Neste momento, descobrimos que quem mandou Dan Norton conseguir a guarda de Aaron foi o manipulador-mor Ben.
- E, para toda essa mistura ficar melhor ainda, Sun vai ao encontro dos outros Oceanic Six com uma arma ( a coreana está mesma decidida em liquidar Ben!).

---> Dentro da ilha:

- O que aconteceu com Charlotte no final do episódio anterior é prontamente resolvido. O sangramento no nariz e o desmaio foi um efeito colateral dos flashes ocorridos na ilha (próximo ao fim do episódio, Miles e Juliet também sofrem sangramentos no nariz). Faraday comenta com Juliet que os sangramentos talvez ocorram devido ao tempo de exposição à ilha, ou seja, Charlotte, Juliet e Miles devem ter alguma ligação com o local.
- Sawyer e Locke decidem, por meio de suas costumeiras discussões, que eles devem voltar à "Estação Orquídea", local onde aparentemente os flashes começaram e onde eles devem terminar (por "terminar" leia-se: mover a ilha novamente).
- A ilha continua a se mover no tempo, e, nessas viagens, revemos momentos marcantes das temporadas passadas: a noite em que a luz da escotilha se acendeu para Locke e o parto de Claire feito por Kate ( esse momento é observado por Sawyer, mas ele não tem a coragem de ir falar com Kate) . Os sussurros da ilha nas temporadas passadas foram finalmente explicados: seriam os encontros entre as pessoas da ilha pelo tempo, ou seja, o grupo que estaria viajando no tempo conversava entre si e isso era ouvido nas temporadas anteriores.
- Um novo salto temporal traz novamente o acampamento (que havia desaparecido anteriormente), mas não há nenhum outro sobrevivente. O que restou foi apenas uma canoa e uma garrafa de uma empresa chamada Ajira Airways. O grupo formado por Locke, Sawyer, Juliet, Charlotte, Miles e Faraday pega a canoa, acreditando que essa forma seria a mais rápida de ir até a Estação Orquídea, evitando, dessa maneira, os inconvenientes ocasionados pelas movimentações temporais.
- O grupo é atacado no meio do percurso por pessoas desconhecidas, mas, por sorte, outra viagem temporal ocorre e eles conseguem se salvar.

---> O fim do episódio (a expedição francesa) :

O final desse episódio conseguiu ser mais bombástico do que o anterior e nos fez duas revelações.
A primeira é que o coreano Jin não morreu! Membros de uma expedição francesa encontraram o corpo do coreano na praia, ou seja, ele conseguiu escapar da explosão do barco ocorrida no fim da temporada anterior.
A outra revelação é que quando Jin pergunta o nome da francesinha grávida que o socorreu, ela vira para ele e responde: "-Danielle Rosseau". Póum! ;D




[ Nota do episódio: 9.0 ]



Eduardo Vasconcelos.