sábado, 18 de outubro de 2008

Desespero e escrúpulos às favas III - Eles estão descontrolados

Na primeira imagem:

A delinqüência eleitoral culminou, na última quinta-feira, com a transformação das ruas próximas ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, em uma praça de guerra. O que parecia ser um confronto entre a Polícia Civil, que está em greve e tentava invadir o palácio, e a Polícia Militar, que defendia o prédio, era, na verdade, uma ação engendrada por sindicalistas irresponsáveis, liderados pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, que preside a Força Sindical apesar de ser acusado de desviar dinheiro do BNDES com a ajuda do dono de um prostíbulo. Paulinho deveria ter um único diálogo com a polícia: a confissão. Deram-lhe a chance de seguir outro caminho. Aliado de Marta, ele insuflou os policiais contra o governador José Serra, para atingir a candidatura de Kassab, apoiado pelo tucano. Paulinho escancarou seu objetivo em um discurso feito a policiais na semana passada: "Estamos chegando às vésperas do segundo turno. O chefe de vocês, que é o José Serra, sabe que tem de ganhar as eleições. E sabe que uma greve da polícia tem repercussão nacional. A proposta que eu quero fazer aos companheiros é que, na semana que vem, na quinta-feira, a gente faça uma passeata saindo do Morumbi, com carro de som, com bandeira, com faixa. E, do Morumbi, vamos para a porta do Palácio dos Bandeirantes". Ofereceu 200 carros de som e apoio da Força Sindical para encorpar a passeata.

Os grevistas compareceram armados – o que configura sedição, e não protesto trabalhista. O saldo foi o único que se podia esperar: os policiais civis entraram em confronto com os militares, que bloquearam o caminho. Houve tiroteio, ataques com armas de bala de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. Ao final, 24 pessoas ficaram feridas, incluindo o coronel da PM Danilo Antão Fernandes, baleado com uma pistola de calibre 9 milímetros. Paulinho saiu ileso. O sindicalista mandou os policiais e seus colegas para os escudos da polícia, enquanto estimulava a turba da retaguarda. Juntamente com ele estava o líder do PT na Assembléia Legislativa, Roberto Felício. "Não foi um duelo entre forças policiais, mas um movimento incitado politicamente. Houve participação da CUT, que é ligada ao PT, e da Força Sindical, ligada ao PDT", denunciou o governador José Serra.

Veja aqui.

Na segunda imagem:

Oficiais do Tribunal Regional Eleitoral do Rio apreendem cerca de 3 milhões de panfletos encomendados pelo PT contra o candidato do PV a prefeito, Fernando Gabeira.

Veja aqui.

Na nova pesquisa do Datafolha, Gabeira tem 44 pontos contra 42 de Eduardo Paes. Em São Paulo, 53 para Kassab contra 37 de Marta - os mesmos 37 da pesquisa anterior ao festival de baixarias. Em Salvador, 48 para João Henrique contra 41 de Walter Pinheiro.

Thales Azevedo.

Nenhum comentário: