sábado, 26 de janeiro de 2008

Sempiterno


Mãe com o nome de Paulo

[A cidade de] São Paulo
(...)
matrona,
obesa,
de coração inflável,
de artérias algumas esclerosadas,
vasos linfáticos Tietê,
veias que desembocam dias intermináveis,
da labuta das suas células,
metabolismo sôfrego,
pulmões carentes de oxigenação,
mãos que amassam o barro,
pés que desbastam superfícies íngremes e generosas,
passos céleres...
Legado aos seus descendentes...

Parabéns à cidade de São Paulo, aos paulistanos autóctones e “alienígenas”!

Messias Franca de Macedo.

* Sempiterno: que não teve princípio nem há de ter fim [palavra tão densa que equivale a um texto... um tratado...]

Um comentário:

Anônimo disse...

nossa!
só a descoberta dessa palavra, e o seu significado, valem pelo post.
parabens pra sao paulo...
terra que se perde em suas origens e não tem previsões para o fim!