quinta-feira, 14 de maio de 2009

Um, dois, três

Eu estou me lixando para você, leitor

Se eu digo isso o jornal me despede; se um comerciante tem essa atitude, ele vai à falência; se um pai de santo, ministro, rabino ou sacerdote repete o mote, ele faz suas orações sozinho e não salva ninguém; se um professor adota esse credo, ele não merece dar cursos; do mesmo modo que um médico, um juiz, um policial, um engenheiro e um advogado deixariam morrer os doentes, perderiam o senso de justiça, do limite e da eficiência. Seria o fim deste nosso mundo chamado de moderno, e olha que eu estou apenas mencionando as profissões mais estabelecidas.

Quando um membro do Parlamento, um servidor público importantíssimo e privilegiado porque representa uma massa de desejos e esperanças de uma região do país diz que está “se lixando para a opinião pública”, como fez o deputado federal Sérgio Moraes, do PTB do Rio Grande do Sul, ele não fala apenas uma triste verdade; ele revela a nossa ignorância do que é viver numa sociedade democrática e liberal. [...]

É duro observar uma súcia majoritariamente incompetente (com alguns criminosos em seu meio) viver como nobres e milionários, tendo, além de tudo, o desplante de declarar que nós, a opinião pública, nada temos com eles.

(Roberto DaMatta, aqui.)

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No vídeo abaixo, Chávez dá sua opinião sobre os ricos: ‘O rico não é humano. É um animal com forma humana’.

Faz lembrar a lição nazi-fascista e imperialista segundo a qual a desumanização do inimigo é o primeiro passo da marginalização de grupos sociais inteiros – no limite, justifica a violência extrema e até o extermínio.



(Marcos Guterman - Estadão, aqui.)

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Parece que a gripe suína chegou ao Brasil pelo aeroporto do Rio. Ficou até lisonjeada com os fiscais da saúde publica que a  esperavam, mas recusou a carona que eles lhe ofereceram e arrastou suas malas até o ponto de taxi. O taxista sabia quem ela era, até usava uma máscara, mas disse que não dava pra ir pelo taxímetro, ele ia ter que cobrar 100 dólares pela viagem. Sem conhecer o país , a gripe suína ingenuamente topou. Depois de rodar não mais que dois quilômetros o veículo foi parado por uma blitz da policia na Linha Vermelha. A gripe suína ficou com medo que a policia a reconhecesse, pois sua fama não era das melhores. Mas os policiais eram estranhos , vestiam uniformes mal ajambrados, e logo a gripe suína percebeu que não eram policiais de verdade que a abordavam. Os bandidos acabaram levando todos os pertences da gripe suína e a deixaram sem nada no meio da pista.  [...]

(Beto Silva - Casseta e Planeta, aqui.)

Thales Azevedo.

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