sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Rio 2016: Vencer competição para cidade-sede foi 'parte fácil'

Um artigo publicado na edição desta semana da revista britânica The Economist afirma que a vitória do Rio de Janeiro na competição para sediar os Jogos Olímpicos de 2016 foi ‘a parte fácil’ e destaca os desafios que a cidade e o governo enfrentarão nos próximos seis anos.

“Sediar os Jogos irá exigir esforços e custos em uma escala que o Rio, uma metrópole pulverizada de problemas com 12 milhões de habitantes, jamais viu”, diz a revista 'The Economist'.

Segundo o texto, intitulado “Rio’s new expensive rings” (Os novos anéis caros do Rio), em referência aos anéis olímpicos, além das novas construções dedicadas ao esporte, como estádios, a cidade ainda precisará se preocupar com a construção de novas pontes e estradas e com a reformulação do “caótico” sistema de transporte.

A revista destaca os gastos do governo e o mau uso da verba dos jogos Pan-Americanos e questiona a capacidade dos políticos de investir o dinheiro das Olimpíadas em benefícios para a cidade.

“Onde contratos para obras públicas são negociáveis e os políticos com tendência à corrupção são a norma, quem garantirá que os US$ 14 bilhões do orçamento dos jogos será bem aplicado?”, questiona a Economist.

O artigo destaca ainda que o Rio de Janeiro pode ter sucesso nos Jogos se usar o dinheiro para regenerar a cidade, a exemplo do que fez Barcelona quando foi a cidade-sede das Olimpíadas.

De acordo com a publicação, resta aos políticos brasileiros garantir que os benefícios trazidos ao país com os Jogos Olímpicos superem os custos.

Via:BBC Brasil

Alguém ainda confia nos políticos brasileiros?


Lucas Caires

Um comentário:

Alexandre Rios disse...

A diferença é que agora estamos sob pressão internacional, temos um prazo a cumprir sob os olhares de todo o mundo. É uma droga precisar disso para fazer dignamente algo dessa magnitude mas ao menos dificulta - e muito - desvios de dinheiro público e diminui a burocratização, uma aliada da corrupção no Brasil - afinal, o prazo para entrega das obras é curto, de apenas 7 anos. Claro que neste país não falta gente querendo se dar bem, como o Pan provou. Mas só o tempo irá dizer se as Olimpíadas serão benéficas para o país - o que tem tudo pra ser, na minha opinião.